sábado, 12 de dezembro de 2015

Livro 24: Azul é a cor mais quente, de Julie Maroh



Sinopse:
"Azul é a cor mais quente, tradução da novela gráfica Le bleu est une couleur chaude, da francesa Julie Maroh. O livro conta a história de Clementine, uma jovem de 15 anos que descobre o amor ao conhecer Emma, uma garota de cabelos azuis. Através de textos do diário de Clementine, o leitor acompanha o primeiro encontro das duas e caminha entre as descobertas, tristezas e maravilhas que essa relação pode trazer. A novela gráfica foi lançada na França em 2010, já tem diversas versões, incluindo para o inglês, espanhol, alemão, italiano e holandês, e ganhou, em 2011, o Prêmio de Público do Festival Internacional de Angoulême. Além disso, foi filmada em 2012 pelo franco-tunisiano Abdelatiff Kechiche e levou a Palma de Ouro, prêmio mais importante do Festival de Cannes. Em tempos de luta por direitos e de novas questões políticas, Azul é a cor mais quente surge para mostrar o lado poético e universal do amor, sem apontar regras ou gêneros".


Sobre a autora:
"Julie Maroh nasceu na cidade de Lens, França, em 1985. Formou-se em artes visuais e estreou em 2011 como autora de graphic novels com Le bleu est un couleur chaude - história que começou a ser desenvolvida quando Maroh tinha apenas 19 anos. Mantém contato com seus leitores no site www.juliemaroh.com, apresentando e discutindo diversos assuntos, de quadrinhos a política".


Minha opinião:
Primeiramente, essa HQ foi uma das melhores leituras do meu ano.

Em termos gráficos, ela é linda.

Ao longo das páginas, acompanhamos a história de Clementine. Na adolescência, seu processo de autoconhecimento e de descoberta da própria sexualidade. Processo que se intensifica com a chega de Emma, uma universitária de cabelos azuis a quem o título faz referência. Também nessa parte há a não aceitação da sexualidade de Clementine por parte de sua família.

Imagem daqui

Mais tarde, acompanhamos um pouco da vida adulta da protagonista bem como sua relação com Emma.

A única ressalva que tenho em relação à obra é a parte final (da vida adulta) ser muito corrida. Poderia ser melhor trabalhada.

Vários temas interessantes são abordados. A dificuldade de se aceitar e de se assumir em uma sociedade lesbofóbica. A rejeição da familia que muitas vezes chega a expulsar a pessoa de casa. Relacionamento abusivos entre mulheres, como o de Emma e Sabine. A luta LGBT por direitos. E outros.

Recomendo (e muito!) a HQ.


PS: eu achei melhor do que o filme. Ainda mais depois de ler declarações das atrizes dizendo como o diretor foi abusivo com elas (sobre aqui e aqui). Não vamos compactuar com diretores escrotos e abusivos, né? 

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