quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Livro 17: Guadalupe, de Angélica Freitas


Sinopse:
"Às vésperas de completar trinta anos, tudo o que Guadalupe quer é esquecer seu trabalho no sebo de Minerva, seu tio travesti. É ela quem pilota um furgão velho pela Cidade do México, apanhando coleções de livros que Minerva arremata por poucos pesos de famílias enlutadas. O símbolo da Minerva Libros é uma coruja, mas bem podia ser um abutre, um abutre com lantejoulas.

Em seu aniversário, Guadalupe só quer sair para beber e dançar com amigos. Mas um telefonema muda seus planos. No meio do pior engarrafamento do ano - ela aproveita engarrafamentos para ler os clássicos -, fica sabendo que a avó, Elvira, uma velhinha intrépida, morreu ao chocar sua scooter com uma banca de tacos sobre duas rodas. 

Como Guadalupe tem o furgão, ela é a única que pode cumprir o último desejo da avó: um enterro com banda de música em Oaxaca, onde nasceu. Guadalupe embarca com Minerva e sua inseparável poodle, mais o caixão, rumo à cidade. No caminho, contrariando a opinião de Guadalupe, Minerva dá carona a um exótico rapaz, que se diz guatemalteco, e os problemas começam.

Neste road movie regado a mitologia asteca e cogumelos mágicos, a poeta Angélica Freitas e o quadrinista Odyr narram a divertida - e por vezes assustadora - história dessa viagem. Uma aventura inusitada ao coração do México, onde um embate contra as forças do mal é tudo menos o que parece ser."


"Nasceu em 1973, em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Publicou, entre outros, o premiado volume de poesias Rilke shake, além do recente Um útero é do tamanho de um punho, ambos pela Cosac Naify. Suas obras já foram traduzidas na Argentina, Espanha, México, Estados Unidos, Alemanha e França."


Minha opinião:
(ALERTA DE SPOILERS!)

Guadalupe é uma HQ simples, tanto no traço quanto no texto, e de rápida leitura.

Angélica Freitas utiliza a mitologia asteca e cria a divindade Xyzótlan, a qual quer roubar a alma de sua falecida vó.

A trama principal da HQ é Guadalupe e Minerva levando Elvira para ser sepultada em Oaxaca enquanto um servo de Xyzótlan tenta roubar a alma da defunta. É uma trama bem simples sem grandes surpresas.

A força da obra está em sua originalidade. Como cogumelos mágicos alucinógenos que transformam Minerva em Muxe Maravilha. Ou a invocação do Village People para salvar o dia.

Uma coisa que eu curti foi o final da personagem. No lugar de encontrar um príncipe, ela encontra a si mesma.

É uma leitura para ser feita sem muita pretensão.

Ainda assim, eu esperava mais de uma obra de Angélica Freitas.

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