sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Livro 2: A redoma de vidro, de Sylvia Plath



Sinopse (do site da Globo Livros)
"Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para moças. Do campus para um estágio em Nova York. O mundo parecia estar se abrindo para Esther Greenwood, entre o trabalho na redação de uma revista feminina e uma intensa vida social. No entanto, um verão aparentemente promissor é o gatilho da crise que levaria a jovem do glamour da Madison Avenue a uma clínica psiquiátrica".

Sobre a autora:
"Sylvia Plath (1932-1963) nasceu em Boston, Massachusetts, EUA. Formou-se na Smith College, em 1955, e continuou seus estudos na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Sua obra abrange contos, poemas e seu único romance, A redoma de vidro. A força de sua poesia foi amplamente reconhecida pela crítica mesmo após o suicídio da escritora, em 1963. Em 1982, a poeta foi agraciada com o Prêmio Pulitzer póstumo pela antologia The Collected Poems".

Minha opinião:
A redoma de vidro foi, pra mim, um soco surdo no estômago cuja dor só se sente após terminar o livro. Durante a leitura, tudo fica inerte. Insípido. Como se visse de dentro da redoma de Esther.

"Um sonho ruim.  
Para a pessoa dentro da redoma de vidro, vazia e imóvel como um bebê morto, o mundo inteiro é um sonho ruim". (página 266)

Esse é o maior mérito da obra: colocar o leitor dentro da redoma. Sylvia Plath fez com que eu terminasse o livro me sentindo tão vazia quanto a protagonista.

Ao final da leitura, a redoma some e as emoções voltam. Aí é possível sentir todo o inferno mental pelo qual Esther passou. De certa forma, sentir junto com ela:

"Eu lembrava de tudo.  
Lembrava dos cadáveres e de Doreen e da história da figueira e do diamante de Marco e do marinheiro no Common Park e da enfermeira vesga e dos termômetros quebrados e do negro com dois tipos de feijão e dos nove quilos que ganhei graças à insulina e da rocha que se erguia entre o céu e o mar como uma caveira cinzenta. 
Talvez o esquecimento, como uma nevasca suave, pudesse entorpecer e esconder aquilo tudo. 
Mas aquilo tudo era parte de mim. Era a minha paisagem". (página 266)

Quanto ao gênero, esse é um romance de formação. Isso está bem explicado nesse texto da revista Capitolina.

Eu ainda estou formando minha opinião sobre essa obra (estou relendo o livro para isso). Então no lugar de estender esse texto com impressões que ainda não consolidei, vou deixar o link para a excelente resenha do Indique um Livro (The Bell Jar, como aparece na resenha, é o título original).

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