sexta-feira, 8 de maio de 2015

Maria Montessori - uma vida dedicada às crianças (parte 2)


Antes de continuar a saga de Maria, gostaria de dizer que encontrei o filme completo no Youtube com legenda em espanhol. Queria achar em português para colocar aqui, mas ainda não rolou. Então se você entende espanhol, fica aí o vídeo:



A última vez que vimos Maria, ela acabara de descobrir que (PLOT TWIST) Giuseppe Montesano, na verdade, é o professor de psiquiatria.

Interessada na matéria (e um pouco no professor), ela pede para frequentar as aulas desta matéria. Rola um discurso de "Ai, mas você é mulher. Vai fazer obstetrícia se quiser ter algum cliente quando se formar. Os caras não vão querer se consultar com uma psiquiatra mulher". Nada surpreendente, já sabemos que o professor Montesano é um babaca desde o diálogo da parte anterior.

lembram?

Maria responde: "O doente costuma ter menos preconceitos do que quem estudou".


Meio "Aff, vamo", o professor permite que ela frequente as aulas.

A primeira aula é em um manicômio. Eles vão a uma ala na qual ficam crianças, cujas famílias enviaram para lá querendo se livrar delas. O professor Montesano conta sobre seu projeto de tirar as crianças de lá para descobrir se elas possuem um retardo mental (Coloquei aqui o termo utilizado no filme, não sei se é o correto. Dei um google e encontrei artigos usando-o. Se for um termo que caiu em desuso ou carrega um preconceito, já peço desculpas) ou se agem como pessoas que possuem por influência do ambiente.

Um menino está amarrado na cama por ter mordido um servente. 


O professor manda soltá-lo. Solto, o menino foge e se esconde debaixo da cama. O enfermeiro que soltou fica todo "Eu disse, eu disse".

Maria vai até o menino e, com jeitinho, convence-o a ir embora com eles. Assim, conhecemos Luigi.

Luigi

Interessada no projeto, Maria pede para participar. Giuseppe nega com um argumento de "não temos dinheiro". Ela diz que não se interessa pelo dinheiro, mas pela experiência que pode adquirir. Ele responde: "Ouça, senhorita Montessori, o caminho da ciência é uma escalada. Exige estudo, trabalho, dedicação plena e uma mulher, mais cedo ou mais tarde, quer se casar e ter filhos".

O que aprendemos com Giuseppe nessa cena:
1) toda mulher quer casar;
2) toda mulher quer ter filhos;
3) casamento e filhos, no caso das mulheres, são incompatíveis com carreira.

Ainda bem que essa ideia de desqualificar o trabalho das mulheres porque elas engravidam ficou no século XIX... não, pera.

Maria ainda visita o local onde estão as crianças para ver Luigi. Rolam uns olhares "vamos deixar claro que somos o casal desse filme" entre ela e Giuseppe.


Em um belo dia de sol, Maria está estudando algo no laboratório quando surge Giuseppe. Ocorre o seguinte diálogo:

Giuseppe: "Não fui honesto com você"

Maria: "Foi sincero e isso já é bastante"

G: "Também não fui sincero. Você julga que não a aceitei por ser mulher"

M: "Não é verdade?"

G: "Sim, é verdade. Mas não pelo motivo que pensa"

M: "O que está dizendo?"

G: "Estou dizendo que para um homem é difícil trabalhar ao lado de uma mulher como você"

M: "Por favor..."

G: "Senhorita desculpe. É que quando estamos juntos..."

Resumindo: ele não aceitou Maria no projeto porque se sente atraído por ela. Ele também, pelo jeito, não consegue controlar os próprios desejos e separar profissional e pessoal. Autocontrole pra que, né? Tudo perfumaria.

Como bem disse a senhorita Montessori na parte anterior:


Os dois se beijam.


Não suspire ainda, pois (que surpresa) ele não quer que ninguém saiba que os dois estão envolvidos.

Enquanto isso, Maria passa a integrar a equipe do projeto com as crianças. Sua maior reclamação é que as crianças são tratadas como meros objetos de estudo e não como seres humanos. Ela afirma que o correto não é estudar as crianças, mas educá-las. Depois de muita treta, ela recebe permissão para trabalhar com um grupo de crianças separadamente a fim de provar suas impressões.

Logo no primeiro dia, Maria leva as crianças para brincar na chuva. 



Na mesma hora, um funcionário do Ministério da Educação está visitando o local para decidir se o projeto merece patrocínio do governo. Vendo a cena na chuva, ele fica "mas o que?". Professor Montesano fica "eita, e agora?". Maria explica que aquelas crianças nunca viram chuva e que precisam de espaço para brincar. O funcionário fica todo "Você nem formada é. Fica de boa aê".

Maria não desiste e continua utilizando métodos alternativos, como levar vários objetos aleatórios para mostrar para as crianças. Luigi demonstra interesse pelo caderno de Maria e pelas palavras escritas nele.



Na cena seguinte, Maria acaba de apresentar seu TCC (não sei se era TCC na época, mas vocês entenderam o espírito da coisa). O reitor faz um discurso elofensivo: "Quando entrou nesta universidade, eu mesmo era contrário à sua presença. Hoje, com este seu trabalho sobre doenças mentais, conseguiu mostrar a todos nós que estávamos enganados. Que até uma mulher pode ser uma estudante brilhante e de valor. Agora terá de continuar a nos surpreender. Terá de demonstrar que, por trás da válida estudiosa se encontra também uma boa médica psiquiatra. Srta. Maria Montessori, declaro-a doutora em Medicina e Cirurgia".

Depois disso, Maria e Giuseppe vão até a casa dele para comemorar (ou seja, fazem sexo). 

Rola um momento juras de amor, mas não suspire ainda. Agora vem o próximo PLOT TWIST que ninguém nem viu chegando: Maria descobre que está grávida!

Na próxima parte, veremos:
-Giuseppe sendo mais escroto do que nunca;
-Mãe do Giuseppe mostrando que a escrotice é de família;
-Mãe da Maria, que eu descobri que se chama Renilde, não sendo tão legal assim;
-Maria sendo aplaudida por muita gente (sem elofensas dessa vez) e mostrando que é diva.

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